segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Os lobos batem-me à porta

Os lobos batem-me à porta...
Afiam dentes no escuro.
O peito grita revolta;
Nascem fissuras no muro.

Que isola o meu sentir,
E me divide do Mundo.
Num permanente cair,
Num pré futuro defunto.

Devo eu abrir a porta?
Devagar, ou de rompante...
Ou guardar em sacos rotos,
A memória de elefante?

Os lobos batem-me à porta...



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