segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Sem penas

Sem penas nas asas,
Nome de andorinha;
Cresce nas searas,
Entre erva daninha.

Tem guarida nas lezírias,
Mora longe da cidade,
Tem na Lua o candeeiro
Em noites frias de irmandade.

Tem força na voz,
Lágrimas de vento.
As mãos calejadas,
Sonhos ao relento.

Tem a míngua como irmã,
Meta na felicidade;
Conhecem-na além fronteiras,
Chama-se fraternidade.

Dos fracos não reza a história;
Apelidos sem brasão.
Ter mais cravos que jardins;
Enxadas, em vez de mãos.


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