segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Valsa Falsa

Escondidos numa cabeça falsa,
À noite dançamos os dois a valsa.
E quando são horas do sol aparecer, não vem;
Prefere ficar deitado;
Num sono mal amanhado;
Que o corpo, celeste foi; e esta noite, amanheceu-me.

Perdido para sempre num tabuleiro,
De um jogo esfumado, um cinzeiro.
E quando são horas da mão chegar ao fim;
Sai mais uma chávena quente;
De chá para aquecer a gente;
Para tudo recomeçar; é a tua vez de jogar.

Focado num novo amanhecer
Com a força daquilo que tem que ser;
Tapas os pés, destapas o coração;
Que a manta não cresce mais,
Para abafar os teus "ais"
Que deixas escapar sem querer,
Mas desta vez... é a doer...

Não dances mais, não faças isso.
Não te arrependas desse feitiço.
Não chores pois, lágrimas vãs;
Havemos de ter mais manhãs.


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