Quando a fragata for ao fundo
No mar que teimas em tentar,
Não chores que não vale a pena;
Serão mais ondas para nadar.
Quando a fragata for ao fundo
E vires que estás fora de pé,
Não te compares com o Mundo
O Mundo não mostra quem é.
Quando a fragata for ao fundo
Nesse negrume consentido
Responde agora no silêncio
À voz que ecoa em teu umbigo...
Quando a fragata for ao fundo
E nada o fizer prever;
Não julgues que perdeste tudo;
Ganhaste a aposta de Viver.
Quando a fragata for ao fundo
E tu fores ao fundo com ela,
Não abandones o teu barco
Quando este vir rasgar-se a vela.
Quando a fragata for ao fundo
E ouvires ao longe uma gaivota,
Aceita o último suspiro,
Que esta maré já não volta...
Sem comentários:
Enviar um comentário